O vereador Anderson Ricelli, do Podemos, de Porto Seguro, enfrenta mais uma acusação de violência contra a mulher, desta vez em Salvador. A vítima registrou um Boletim de Ocorrência, e o caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) na capital baiana.
A vítima alega ter sido agredida fisicamente, moralmente e psicologicamente pelo vereador. A vítima revelou que o primeiro contato ocorreu em 2022, mas a situação piorou em dezembro de 2023, quando o vereador, também médico formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a assediou e alegou viajar a Salvador para encontrá-la.
No entanto, o encontro não aconteceu, resultando em comportamento agressivo do vereador, que, segundo a vítima, chegou a ficar duas horas tocando a campainha e fazendo ligações incessantes. Insultos como “louca”, “doente” e acusações de necessidade de tratamento mental seguiram-se, além da ilusão de romance para ganho financeiro.
Outro ponto de conflito foi o procedimento de harmonização facial solicitado pelo vereador, não totalmente pago, com alegações de ser namorado da esteticista. O valor total era de R$ 26 mil, mas apenas R$ 9,7 mil foram pagos. A vítima descobriu nas redes sociais que o vereador já possuía uma namorada.
Em resposta, Anderson Ricelli classificou a mulher como “uma louca varrida”, anunciando sua intenção de solicitar uma medida protetiva e processá-la por calúnia e difamação. Ele afirmou ter comprovantes de pagamento do procedimento e acusou a vítima de perseguição.
Não é a primeira vez que o vereador enfrenta acusações de agressão contra a mulher. Em 2022, foi acusado de assédio sexual no distrito de Arraial d’Ajuda. A polícia investiga as circunstâncias do atual caso, enquanto a comunidade aguarda desdobramentos sobre as ações legais a serem tomadas.