O governo federal implementa, a partir deste ano, regras mais rígidas para a fabricação de refrigeradores domésticos, visando eletrodomésticos mais eficientes, porém, com possível aumento de preços para os consumidores. A resolução que aprova o Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores foi publicada no final do ano passado, estabelecendo índices de eficiência energética para geladeiras.
A primeira fase do programa, iniciada em 31 de dezembro de 2023, determina que apenas equipamentos com um índice máximo de 85,5% do consumo padrão sejam produzidos e comercializados até o final de 2024.
Na segunda fase, a partir de 31 de dezembro de 2025, a exigência torna-se mais rigorosa, permitindo apenas a fabricação de equipamentos com um índice máximo de 90% do consumo padrão. Aqueles que não atenderem a essa norma poderão ser vendidos até o final de 2026.
Atualmente, o índice máximo permitido está acima de 96%. A expectativa é que, a partir de 2028, os produtos disponíveis nas lojas sejam, em média, 17% mais eficientes do que os modelos atuais, considerando refrigeradores de uma porta com 200 litros de volume interno.
A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) prevê um possível “aumento abrupto” nos preços, especialmente para a população de baixa renda. Isso se deve à predominância da comercialização de produtos considerados de alto padrão, custando em média de 4 a 6 vezes o salário mínimo nacional, acima dos R$ 5 mil. Atualmente, uma geladeira frost-free básica pode ser encontrada na faixa de R$ 1.800 em lojas de varejo online.