A Polícia Civil da Bahia confirmou a identificação da arma utilizada no assassinato do ex-ator mirim e DJ João Rebello, ocorrido em outubro do ano passado no distrito de Trancoso, em Porto Seguro. A confirmação veio por meio de um exame pericial realizado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), e a informação foi divulgada nesta terça-feira (17/06).
De acordo com o delegado Bruno Barreto, responsável pelas investigações, a arma é uma pistola semiautomática da marca Glock, calibre .380, encontrada em dezembro de 2024 com um dos suspeitos do crime, Anderson Nascimento Sena, conhecido como “Danda”, de 30 anos. Ele foi morto em uma troca de tiros com a Polícia Militar no distrito de Arraial d’Ajuda, também em Porto Seguro, junto com outro suspeito identificado como Marcos Santos Brito, o “Kuririn”.
O laudo da perícia apontou, por meio de uma microcomparação balística, que os projéteis encontrados no corpo da vítima e no local do crime foram disparados da pistola apreendida. A evidência agora integra o inquérito, que já foi encaminhado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).
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Crime por engano
João Rebello, que ficou conhecido por atuar em novelas durante a infância, trabalhava como DJ e vivia em Trancoso. No dia 24 de outubro de 2024, ele foi executado a tiros dentro do próprio carro. Segundo a polícia, ele não tinha qualquer ligação com o crime organizado e foi morto por engano.
As investigações apontaram que João foi confundido com outro homem, que usava um veículo semelhante, tinha características físicas parecidas e havia sido ameaçado por traficantes da região.
Quatro envolvidos no crime
Além de Anderson e Kuririn, que morreram no confronto com a polícia, outros dois suspeitos foram identificados. Wallace Santos Oliveira, o “WL”, se entregou à polícia em novembro do ano passado, enquanto Felipe Souza Bruno, de 22 anos, foi capturado em janeiro deste ano em Vila Velha (ES), após uma denúncia anônima.
O caso segue sendo acompanhado pelo Ministério Público e reforça a atuação das autoridades no combate à violência e à impunidade no sul da Bahia.