Integrantes do Palácio do Planalto consideraram um “erro grave” o uso de uma versão do hino nacional com linguagem neutra na campanha de Guilherme Boulos, do PSOL. A situação se agravou quando o presidente Lula, que apareceu ao lado de Boulos no evento, teve de lidar com parte do desgaste político gerado pela polêmica.
A adaptação do hino foi rapidamente explorada por adversários tanto de Lula quanto de Boulos, com críticas se espalhando nas redes sociais. Representantes de Lula se apressaram em destacar que o ato foi de responsabilidade exclusiva da campanha de Boulos e do PSOL, sem ligação com o governo. Eles também garantiram que tal mudança não se repetirá em eventos oficiais, como o desfile de Sete de Setembro.
A versão alterada do hino substituiu partes da letra original por termos neutros, como “Des filhes deste solo” em vez de “Dos filhos deste solo és mãe gentil.”
Críticos da campanha de Boulos lembraram que a alteração da letra pode ser considerada ilegal, citando a Lei nº 5.700, de 1971, que estabelece que o hino nacional deve ser executado integralmente e com respeito.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também criticou o uso de linguagem neutra no hino, chamando a adaptação de “insanidade.”
Após a repercussão negativa, Boulos apagou o vídeo que mostrava a versão adaptada do hino nacional. A controvérsia causou um aumento nas buscas online por “linguagem neutra,” superando até as pesquisas por “Guilherme Boulos” nesta terça-feira, acendendo um alerta na campanha do candidato. Confira o vídeo a baixo: