No dia 30 de agosto marcará a segunda e última aparição da Superlua deste ano. Nessa data, a Lua estará notavelmente maior e mais brilhante, encontrando-se em sua fase de perigeu, o ponto mais próximo em sua órbita à Terra. Esta Superlua, ocorrerá na última semana de agosto, é também conhecida como “Lua Azul”, devido a ser a segunda lua cheia do mês, a primeira tendo ocorrido em 1º de agosto.
Portanto, em 30 de agosto, seremos contemplados com uma rara “Superlua Azul”, a qual será a Superlua de maior proximidade com a Terra neste ano. O momento exato da Lua Cheia variará de acordo com os fusos horários. Para o horário de Brasília, a Lua cheia ocorrerá às 22h35. Dependendo do fuso, variará de 21h35 para o fuso -4, 20h35 para o fuso -5, e assim sucessivamente. Para o fuso -1, a data se estenderá até 31 de agosto, às 0h35, e para os fusos restantes (0, +1, +2, etc), a “Superlua Azul” também será vista em 31 de agosto.
Durante o evento da “Superlua Azul”, a Lua estará a uma distância de 357.181 quilômetros da Terra. Vale ressaltar que a distância média entre a Terra e a Lua é de cerca de 384.400 quilômetros. A Dra. Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional vinculado ao MCTI, esclarece que os termos “lua azul” e “superlua” não possuem conotações científicas estritas.
O termo “superlua” foi originalmente criado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979. Ele propôs que a Lua Cheia poderia ser chamada de “super” quando estivesse no perigeu ou até 90% próximo a esse ponto da órbita. Porém, não se sabe por que ele escolheu exatamente 90% para essa definição.
Dado que esse termo não possui base científica estrita, as instituições astronômicas podem discordar quanto à distância entre a Lua e a Terra que caracteriza uma superlua. A Dra. Josina explica que a ocorrência de uma superlua, seja cheia ou nova, acontece de uma a seis vezes por ano. Contudo, em algumas ocasiões, a distância Terra-Lua é menor que em outras, devido à órbita elíptica da Lua.
Nesse contexto, à medida que a Lua circula a Terra, sua proximidade varia. Quando a Lua se encontra em seu ponto mais próximo da Terra, denominado perigeu, ela está a uma distância menor. Por outro lado, quando está no ponto mais distante da Terra, chamado apogeu, está a uma distância maior.
Josina destaca que os observadores perceberão a Lua mais luminosa do que em outras ocasiões. Esse fenômeno poderá ser observado em todas as partes do mundo. A astrônoma esclarece que todas as Luas Cheias nascem no horizonte leste, quando o Sol se põe no oeste, e se põem no oeste quando o Sol nasce no leste. Portanto, a Lua é visível durante toda a noite, independentemente da localização.
Um ótimo momento para contemplar a Superlua é quando ela está próxima ao horizonte, pouco depois do pôr do sol ou na madrugada seguinte, antes do nascer do Sol. Nessa posição, a Lua parecerá ainda maior e pode exibir nuances de cores devido às partículas na atmosfera. Josina destaca a importância desse evento da Superlua para atrair a atenção para o céu, contribuindo para a divulgação e popularização da ciência. Além disso, ressalta que este é um evento acessível a todos, podendo ser visto por várias horas de qualquer lugar do mundo sem a necessidade de instrumentos.