Uma bebê de apenas 9 meses morreu em Teixeira de Freitas, vítima de coqueluche. O caso, ocorrido em 12 de novembro, foi divulgado na quarta-feira (20/11) pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e representa a primeira morte pela doença no estado em cinco anos.
Segundo a Sesab, a menina não havia recebido nenhuma das vacinas previstas no calendário de imunização, um fator determinante para a proteção contra a coqueluche. Além da infecção bacteriana, a criança foi diagnosticada com Covid-19, Rinovírus e Adenovírus durante o período de internação, o que agravou seu quadro clínico.
Casos de coqueluche em alta no estado
A Bahia já confirmou 18 casos de coqueluche em 2023, um número que preocupa as autoridades de saúde. Destes, 46% ocorreram em crianças menores de 1 ano, grupo mais vulnerável à doença. A faixa etária dos pacientes varia de 1 mês a 32 anos, sendo 14 dos casos em mulheres.
O que é a coqueluche?
A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias e é causada pela bactéria Bordetella pertussis. Altamente contagiosa, ela se dissemina por gotículas liberadas ao tossir, espirrar ou falar.
Sintomas e gravidade
A doença se manifesta em três estágios principais:
- Inicial: sintomas semelhantes ao resfriado, como mal-estar, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa.
- Intermediário: piora significativa da tosse.
- Grave: crises intensas de tosse que podem levar a vômitos, dificuldade respiratória, cansaço extremo e, em casos graves, complicações como pneumonia, parada respiratória e até morte.
Prevenção pela vacinação
A vacinação é a principal medida preventiva contra a coqueluche. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacinas para crianças de até 6 anos, gestantes e profissionais de saúde. A cobertura vacinal é essencial para evitar surtos e proteger populações vulneráveis, especialmente crianças.
Alerta das autoridades
A morte da bebê em Teixeira de Freitas reforça a importância da vacinação e da conscientização sobre as medidas de prevenção. A Sesab e o Ministério da Saúde destacam que pais e responsáveis devem manter o calendário vacinal das crianças atualizado para evitar tragédias como essa.
“Este caso é um alerta para a necessidade de intensificar as campanhas de imunização, especialmente em tempos de baixa cobertura vacinal”, declarou um representante da Sesab.
As autoridades seguem monitorando os casos de coqueluche no estado e orientam a população a buscar os postos de saúde para se imunizar e proteger suas famílias.