Uma operação de grande escala foi desencadeada nesta sexta-feira (23/05) no Conjunto Penal de Eunápolis, extremo sul da Bahia, após um atentado que deixou um monitor de ressocialização ferido no início da semana. O verdadeiro alvo do ataque seria o diretor da unidade, que não estava presente no carro atingido. O monitor segue hospitalizado.
Denominada Operação Arrosto, a ação é conduzida por diversas instituições, entre elas a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o Ministério Público, a Polícia Federal e forças de segurança estaduais. A resposta rápida visa intensificar o controle interno do presídio e apurar ligações de presos com facções criminosas.
Como parte das medidas emergenciais, todas as celas estão sendo vistoriadas e a administração da unidade, de forma temporária, foi transferida para uma equipe especializada em operações prisionais. A rotina no presídio foi alterada: visitas de familiares estão suspensas, e a transferência de detentos suspeitos de envolvimento no atentado está sendo considerada.
O foco principal da operação é enfraquecer a atuação de grupos criminosos dentro do sistema penitenciário e restabelecer a segurança interna da instituição.
Funcionamento e Estrutura da Unidade
O Conjunto Penal de Eunápolis abriga presos em regimes fechado e semiaberto, incluindo detentos provisórios e sentenciados. A unidade está localizada na zona norte da cidade e funciona sob cogestão: a parte administrativa e de segurança é compartilhada entre o governo do estado, por meio da Seap, e a empresa terceirizada Reviver, que atua no gerenciamento diário do local.
As investigações seguem em andamento, e novas medidas podem ser tomadas nos próximos dias para conter o avanço da criminalidade dentro da penitenciária.