O Ministério Público da Bahia (MP-BA) deu início, na manhã desta quinta-feira (4/04) à “Operação Colmeia”, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que continuava operando mesmo com seus líderes atrás das grades. Um dos principais alvos da investigação, apontado como liderança do grupo, foi transferido do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas para uma unidade prisional de segurança máxima em Serrinha.
A ofensiva mobilizou forças do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco Sul) e do Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep), com apoio da Polícia Civil da Bahia, por meio da Delegacia Territorial de Belmonte, sob coordenação da 23ª Coorpin/Eunápolis.
Foram cumpridos 18 mandados judiciais: 12 de busca e apreensão em imóveis no município de Belmonte e seis direcionados a celas do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas. A operação também bloqueou 34 contas bancárias pertencentes a 10 investigados, além de autorizar a análise do conteúdo de celulares apreendidos, que podem conter provas relevantes para a continuidade das investigações.
A ação contou ainda com suporte da Polícia Militar, por meio do Comando de Policiamento da Região Extremo Sul, com participação do 8º Batalhão, da CIPE-Mata Atlântica e da CIPT-ES. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), através da Superintendência de Gestão Prisional (SGP), também integrou a força-tarefa.
Segundo o Ministério Público, a transferência do líder e as medidas de busca visam desarticular o núcleo estratégico da facção criminosa e impedir que as ordens partam de dentro das unidades prisionais. A investigação segue em andamento.
