O Ministério da Saúde (MS) anunciou na terça-feira (9/1) a conclusão da distribuição do primeiro lote de comprimidos únicos que condensam os antirretrovirais essenciais para o tratamento do HIV. Essa inovação consiste na combinação de dois medicamentos – o dolutegravir 50mg e a lamivudina 300mg – em uma única pílula, visando proporcionar maior conforto aos pacientes e facilitar a adesão ao tratamento.
O novo medicamento, disponibilizado em uma quantidade total de 5,6 milhões de unidades neste primeiro lote, tem o potencial de atender aproximadamente 180 mil pessoas. Apesar dessa significativa oferta, não será possível migrar todos os pacientes para essa nova terapia neste momento.
No Brasil, onde cerca de 1 milhão de pessoas vivem com o HIV, aproximadamente 810 mil indivíduos estão atualmente em tratamento, o qual exige a ingestão de cerca de 60 comprimidos por mês, um para cada droga. O tratamento do HIV envolve a combinação de medicamentos para retardar a progressão da doença.
O MS estabeleceu critérios prioritários para os pacientes que receberão o novo tratamento, incluindo aqueles com idade igual ou superior a 50 anos, regularidade no tratamento, carga viral menor que 50 cópias no último exame, e terapia dupla iniciada até 30/11/2023. A expectativa é que esses critérios sejam ampliados em seis meses, até julho, após avaliação da capacidade de produção do remédio para atender a todos os pacientes.
O Ministério da Saúde ressalta seu compromisso em melhorar continuamente as condições de tratamento para os portadores de HIV e promete acompanhar de perto a eficácia e disponibilidade do novo tratamento antes de uma possível implementação em larga escala.