O delegado Rafhael Neris Barboza teve seu cargo permanentemente revogado por ordem judicial, após período de afastamento desde 2020. As alegações envolvem acusações de desvio, apropriação e doação indevida de itens apreendidos durante investigações policiais em andamento. O incidente ocorreu em novembro de 2018, na Delegacia de Polícia Civil de Uruaçu, região norte de Goiás.
Depoimentos prestados por escrivães indicaram que o investigador teria apropriado-se de cinco dispositivos celulares, uma geladeira duplex e uma televisão de 32 polegadas. Notavelmente, o último item foi doado a uma igreja com o propósito de ser utilizado em atividades recreativas infantis. As apropriações foram registradas em 2019.
Em resumo, a determinação de destituição do cargo público em questão foi emitida pelo juiz Liciomar Fernandes da Silva. O indivíduo em questão cometeu dois delitos consumados de peculato/desvio, resultando em prejuízo aos cofres públicos e prejudicando a reputação do serviço público local. No entanto, Rafhael terá o direito de interpor recurso contra essa decisão enquanto permanece em liberdade.
Através de seu depoimento, o delegado relatou que, ao chegar a Uruaçu, deparou-se com uma situação altamente complexa. Ao assumir a gestão da delegacia, ele se deparou com um cenário desolador, descrevendo-o como “uma edificação decrépita, deteriorada, com resquícios de lixo em todos os cantos, inclusive uma sala impregnada com odor de maconha, notavelmente desorganizada, com ausência de estrutura de horários”.
Além disso, o agente também fez menção à presença de aparelhos celulares espalhados pela área, cujos proprietários não podiam ser identificados, bem como a descoberta surpreendente de uma quantia em dinheiro no montante de R$ 52 mil em sua sala, cuja origem permanecia obscura.