Um vereador do município de Terra Nova, localizado a cerca de 80 quilômetros de Salvador, foi preso na terça-feira (4/11) acusado de estuprar uma adolescente. O suspeito, Nilton Vinha (Republicanos), de 55 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após investigações conduzidas pela Polícia Civil da Bahia apontarem indícios de abuso sexual.
De acordo com as apurações, o crime teria ocorrido no dia 22 de outubro. A investigação indica que o vereador se aproveitou de uma ação social para se aproximar da vítima. Ele teria alegado que iria entregar uma cesta básica à família da adolescente e, durante o trajeto, levou a jovem até uma estrada deserta, onde o abuso teria sido cometido.
Após o ocorrido, a vítima relatou o caso à mãe, que percebeu o comportamento alterado da filha e notou que ela sentia dores abdominais. O registro policial, no entanto, só foi formalizado no dia 27 de outubro, após orientação de uma médica do Hospital Municipal, que atendeu a adolescente e constatou indícios de violência sexual durante o exame clínico.
Com base nos depoimentos colhidos, a Delegacia Territorial de Terra Nova representou pela prisão preventiva do parlamentar, que foi cumprida por equipes da Delegacia de Santo Amaro. Nilton Vinha foi encaminhado à unidade policial, onde permanece custodiado à disposição da Justiça.
📄 Posicionamento da defesa
Em nota, a defesa do vereador negou as acusações e afirmou que a prisão foi “repentina e sem novos elementos que a justificassem”. Segundo o comunicado, Nilton Vinha teria colaborado com as investigações desde o início, comparecendo espontaneamente à delegacia para prestar depoimento.
A nota também ressalta que “não há qualquer constatação de material genético (DNA) vinculado ao custodiado” e que o próprio vereador teria solicitado a realização de exame pericial para comprovar sua inocência.
Ainda de acordo com a defesa, já foi protocolado um pedido de revogação da prisão preventiva, acompanhado de provas que, segundo os advogados, demonstrariam que o parlamentar estava acompanhado de outras pessoas no horário em que o crime teria ocorrido.
A defesa conclui reiterando “a plena inocência do vereador Nilton Vinha” e manifestando confiança na Justiça e no esclarecimento dos fatos.
