A prefeitura de Ilhéus, na Bahia, decretou situação de emergência devido à erosão na Zona Norte. O Porto do Malhado é apontado como um dos principais responsáveis pelo avanço do mar, causando danos às vias públicas e imobiliárias.
A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), responsável pelo porto, ainda não se pronunciou. A Defensoria Pública da União (DPU) está acompanhando os impactos desde 2020.
A erosão continental ocorre desde 2015 e afeta áreas como São Domingos, São Miguel, Ponta da Tulha, Mamoã, Joia do Atlântico e Ponta do Ramo. Além do porto, a falta de passagem de sedimentos do sul para o norte da cidade agrava a situação, causando o aumento da faixa de areia no sul e erosão no norte.
A prefeitura busca alternativas com o Governo Federal, mas não especificou um plano definitivo. Especialistas sugerem a construção de obras para permitir a passagem de areia entre as regiões norte e sul. O aumento do nível do mar e as mudanças climáticas também impacta a erosão costeira, devido ao aumento da energia das ondas.
Outro fator apontado é a construção de casas e estabelecimentos comerciais na orla, desrespeitando legislações que regulam as distâncias em relação ao mar. Isso resulta em danos durante as marés altas, especialmente em março, setembro e outubro.