Carlos Bahia Santos, policial militar de 31 anos, que havia denunciado ter sido alvo de homofobia e tortura dentro da Polícia Militar (PM), faleceu na ultima quinta-feira (10/08) em Açailândia, no estado do Maranhão. Carlos estava hospitalizado desde a semana anterior em estado crítico, após sofrer agressões perpetradas por colegas de sua própria corporação. Ele foi posteriormente transferido para um hospital em São Luís (MA), onde veio a óbito. A causa da morte está sendo investigada pelo Serviço de Verificação de Óbitos do Instituto Médico Legal (IML), conforme informado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Paralelamente, a Polícia Militar do Maranhão está conduzindo a investigação sobre a conduta dos policiais militares suspeitos de agredirem Carlos. A PM enfatizou que “não compactua com nenhum tipo de intolerância, já que a detecta, seja ela racial, de gênero, religiosa ou por orientação sexual, não está emocionada aos valores adotados pela instituição”.
Carlos Bahia denunciou as agressões sofridas em 27 de junho deste ano. Segundo o relato registrado no Boletim de Ocorrência, os policiais militares chegaram à sua residência em uma viatura policial com a sirene ativada. Eles alegaram sua prisão sob a acusação de abandono de posto de serviço. De acordo com o documento, os policiais arrastaram Carlos pelo braço esquerdo e retiraram da casa, enquanto ele estava apenas usando uma toalha.
Após o ocorrido, Carlos Bahia redigiu uma carta denunciando os abusos sofridos, alegando ter sido vítima de homofobia e tortura. Além disso, ele também afirmou que o comandante do batalhão em que estava lotado estava ciente dos abusos e negligência das ações dos policiais militares.