A Polícia Federal está cumprindo 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Ilhéus, Itabuna, Poções e Porto Seguro, no sul da Bahia, nesta terça-feira (11/6). A “Operação Xepa” tem como alvo um grupo suspeito de sonegar tributos, com valores que ultrapassam R$ 10 milhões.
Segundo a Receita Federal, a investigação identificou um grupo empresarial composto por pelo menos três empresas de distribuição, duas empresas patrimoniais utilizadas para ocultação de bens, e várias pessoas físicas.
As empresas operacionais eram registradas em nome de laranjas, indivíduos sem capacidade econômica, geralmente parentes dos investigados, mas sem poderes de gestão. Esses poderes eram delegados por meio de procurações bancárias ou cartoriais.
A Receita Federal estima que o prejuízo aos cofres públicos pode superar R$ 100 milhões e envolver outras empresas do grupo. O esquema envolvia empresas de distribuição de hortifrutigranjeiros e empresas patrimoniais, configurando uma “total confusão patrimonial”.
Essas empresas atuavam no mesmo ramo de atividade, compartilhavam endereços, utilizavam as mesmas marcas comerciais e promoviam um intenso fluxo de valores entre as entidades e indivíduos do grupo econômico.
No braço patrimonial do grupo, empresas em nome dos filhos dos beneficiários efetivos, sem desenvolver qualquer atividade operacional, acumularam patrimônio significativo. Isso foi feito através de compras de imóveis com recursos alheios às entidades e pagamentos diretos das empresas do braço operacional.