Nesta quinta-feira (17/08), a Polícia Federal deu início à Operação Expurgo, uma ação com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em fraudar processos licitatórios, principalmente na área da saúde.
Um total de 24 mandados de busca e apreensão estão sendo executados, juntamente com 14 mandados de suspensão de servidores públicos e outras medidas judiciais, em diversos locais dos estados da Bahia
(Teixeira de Freitas, Prado, Medeiros Neto, Santa Cruz de Cabrália, Porto Seguro, Mucuri, Itapebi e Belmonte) e Espírito Santo (Vila Velha e São Mateus).
Após cerca de um ano de investigação, a Polícia Federal conseguiu identificar a atuação de dois grupos empresariais que utilizavam empresas fictícias para manipular os processos de licitação, prejudicando a concorrência justa e causando prejuízos estimados de até R$ 5 milhões ao público erário. No entanto, os grupos movimentaram R$ 92 milhões em suas contas bancárias, o que exigirá análises posteriores após a operação.
Um minucioso trabalho de análise prévia antes da operação forneceu pistas sobre as pessoas envolvidas na corrupção de servidores públicos e na ocultação de bens. Além disso, essa análise prévia permitiu a identificação dos servidores públicos que se beneficiariam das atividades ilegais.
Com as evidências coletadas durante a operação de hoje, a Polícia Federal planeja investigar os danos ao patrimônio público, potencialmente ampliando a busca por outros envolvidos e rastreando o destino dos fundos desviados. O objetivo é expor os servidores públicos que cedem à tentativa das práticas ilícitas.
Os indivíduos envolvidos responderão por vários crimes, incluindo corrupção ativa e passiva, bem como fraudes em licitações. Se as penas forem acumuladas, elas podem resultar em mais de 20 anos de reclusão.