Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023, até abril de 2024, a Bahia registrou a apreensão de 363 armas de fogo por órgãos federais de segurança.
Em 2023, foram retiradas de circulação 312 armas, com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) sendo responsável por 124 apreensões, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) por 114 e a Polícia Federal (PF) por 74. Este número representa um aumento de aproximadamente 28% em relação a 2022, quando foram apreendidas 245 armas no estado.
Nos primeiros quatro meses de 2024, foram apreendidas 51 armas: 25 pela PF, 18 pela PRF e oito pela Senasp. Em todo o Brasil, entre janeiro de 2023 e abril de 2024, a PF, PRF e Senasp apreenderam 13.340 armas de fogo. Somente em 2023, foram registradas 10.935 apreensões, um incremento de 28% em comparação com 2022, que contabilizou 8.466 apreensões. Nos primeiros quatro meses de 2024, foram apreendidas 2.405 armas.
Rodney Silva, diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp, atribui os números ao aumento da fiscalização e das ações operacionais da PF, PRF e das polícias militares e civis dos estados. “O foco tem sido a prevenção de crimes graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se beneficia do comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas, tomadas de cidade e outros crimes violentos”, afirma Silva.
Impacto das Ações Federais
A Operação Unum Corpus, juntamente com iniciativas como o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC), que conta com um aporte federal de R$ 900 milhões até 2026, e a expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (GISE) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO), ligadas à Polícia Federal, tiveram um impacto direto no aumento das apreensões de armas de fogo no Brasil.
Os GISE foram expandidos em 2023 para operar em 21 estados, enquanto as FICCO estão presentes em todo o país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública destinou R$ 85 milhões para o funcionamento dessas unidades, especialmente para pagamento de diárias, aquisição de viaturas, materiais de apoio e equipamentos tecnológicos e de inteligência.
Rodney Silva conclui destacando a importância do fortalecimento da atividade de inteligência de segurança pública, a integração das forças de segurança e a participação da sociedade na construção de soluções para a resolução de conflitos como essenciais no combate ao uso ilegal de armas de fogo.