Uma operação conjunta realizada em Porto Seguro, no sul da Bahia, prendeu oito pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de venda de licenças ambientais. A ação, batizada de “Operação Derrocada,” cumpriu mandados de busca e apreensão em residências e endereços comerciais de 12 pessoas. Os suspeitos são acusados de receber propina para facilitar a construção de empreendimentos imobiliários na cidade.
A operação foi coordenada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e contou com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA). Participaram da ação o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco Sul), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Militar do Estado da Bahia (PM-BA) e o Gaeco do Espírito Santo.
De acordo com as investigações do Gaeco Sul, o grupo criminoso atuava há anos na região e mantinha vínculos com a Prefeitura de Porto Seguro. Entre os envolvidos estão servidores públicos municipais, que usavam suas posições para exigir ou receber vantagens indevidas em troca da concessão de licenças ambientais. Além disso, o grupo é acusado de extorsão e de cobrar propinas de empresários para liberar essas licenças.
As investigações também revelaram que o grupo estava envolvido em lavagem de dinheiro dentro da administração municipal. Os valores obtidos ilegalmente eram ocultados ou dissimulados, resultando em prejuízos aos cofres públicos. Nas transações de venda de terrenos, os valores declarados eram frequentemente subestimados em relação ao montante real recebido, devido às atividades ilícitas dos suspeitos.
A operação marca um passo significativo no combate à corrupção em Porto Seguro, com as autoridades focadas em garantir a transparência e a integridade na concessão de licenças ambientais.
Os detidos estão sendo ouvidos na sede do Ministério Público em Porto Seguro e, após os depoimentos, serão levados ao Fórum para audiências de custódia. Dependendo das decisões judiciais, eles poderão ser encaminhados ao presídio ou liberados.