Golpistas têm explorado o interesse dos brasileiros pelo WhatsApp para disseminar vírus capazes de desviar Pix, realizar operações remotas e roubar dados. O Brasil, sendo um dos países mais adeptos deste aplicativo de mensagens, tornou-se um alvo especialmente propenso a essas fraudes.
As fraudes online, que utilizam versões falsas do aplicativo, têm se tornado um fenômeno frequente. O WhatsApp supera em popularidade o Instagram, sendo duas vezes mais buscado no Google. Para evitar cair em golpes, é essencial que os usuários baixem o WhatsApp apenas de fontes confiáveis, como a Play Store para Android e a App Store para iPhone e outros dispositivos da Apple.
Um exemplo é o aplicativo com a grafia errada “Watsap Web”, que servia como isca para instalar um vírus capaz de desviar Pix por meio da modalidade copia e cola. Esse vírus, ao detectar o momento de uma transação online via Pix, substitui o código da vítima por outro, direcionando o valor para a conta do criminoso.
Outro golpe envolveu uma notificação com a promessa de “Atualização Whats App v2.5”, que comprometia os aparelhos e os tornava vulneráveis a uma alteração repentina no destinatário do Pix. O malware agia antes mesmo da solicitação de senha, levando até 95% do saldo da conta da vítima.
Para evitar cair em golpes, os usuários devem atentar para atualizações, que sempre são baixadas sob o nome do mesmo programa (WhatsApp), e desconfiar de notificações de endereços desconhecidos. Além disso, a revisão periódica das permissões dos aplicativos, a instalação de um antivírus confiável e a atualização constante do sistema operacional são medidas preventivas importantes.
O Brasil lidera globalmente em golpes com links falsos no WhatsApp, com 76 mil tentativas de phishing identificadas pela Kaspersky em 2022. Estelionatários usam temas populares como isca para induzir as pessoas a compartilhar dados pessoais, resultando em fraudes financeiras diversas.
No estado de São Paulo, mais de 9.645 pessoas foram vítimas de golpes no WhatsApp, destacando-se como a plataforma mais citada em casos de estelionato digital e invasão de celular, à frente de Instagram, Facebook e outros aplicativos.