Dois trabalhadores em condições semelhantes à escravidão, foram resgatados em uma fazenda em Medeiros Neto, na Bahia. As vítimas eram submetidas a jornadas exaustiva de trabalho, não recebiam salários adequados e não tinham carteiras de trabalho assinadas. Além disso, o alojamento onde viviam estava em péssimas condições, sem banheiro ou chuveiro.
O resgate foi realizado em uma operação conjunta envolvendo o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Defensoria Pública da União (DPU), a Superintendência Regional do Trabalho e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Após o resgate, os trabalhadores receberam assistência social, alojamento, alimentação e cuidados de saúde. No dia seguinte, eles foram pagos pela verba rescisória calculada pelos auditores Fiscais do Trabalho e tiveram os documentos providenciados para receber o seguro-desemprego especial por três meses, enquanto são auxiliados na busca por uma recolocação no mercado de trabalho de forma digna.
O proprietário da fazenda também assinou um acordo com o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública da União, comprometendo-se a cumprir rigorosamente as leis trabalhistas na contratação de funcionários.
Durante a inspeção, foram identificadas irregularidades envolvendo outros três empregados da mesma fazenda, que também foram beneficiados por um acordo para correção das questões trabalhistas, embora não estivessem em situação degradante caracterizando trabalho escravo. Os valores pagos não foram divulgados.