A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou na segunda-feira (4/11), os resultados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), revelando que o endividamento das famílias brasileiras continua em trajetória de queda pelo quinto mês consecutivo.
Apesar da redução, aproximadamente 76,6% das famílias no país ainda possuem dívidas a vencer, abrangendo compromissos como cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.
O percentual de endividados em novembro registrou uma queda de 0,5% em relação ao mês anterior. O índice de famílias inadimplentes também apresentou uma redução, ficando em 29% em novembro, comparado a 29,7% no mês anterior e 30,3% no mesmo período do ano anterior.
Este é o menor patamar desde junho de 2022. O programa “Desenrola” parece estar surtindo efeito, conforme destacou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, com a queda para 12,5% no número de pessoas sem condições para pagar dívidas anteriores, em comparação aos 13% registrados em outubro.
No entanto, a faixa de renda média, entre cinco e dez variações mínimas, atraiu um no volume de pessoas individualizadas, retornando aos níveis de novembro de 2022. Dentro desse grupo, 35% é considerado “pouco individualizado”, mas 24,2% relatando dívidas em atraso, o mais alto nível da série.
O cartão de crédito continua sendo o meio mais utilizado pelos particulares, atingindo 87,7% do total, representando um aumento significativo em relação ao ano anterior (86,4%). Avanços também foram registrados no crédito consignado e no financiamento imobiliário, enquanto outras modalidades perderam representatividade.
A pesquisa destacou uma redução na proporção de consumidores individualizados em um ano, sendo mais expressiva entre as mulheres, com um recuo de 3,4 pp, em comparação aos homens, que apresentaram uma redução de 1,5 pp apesar disso, as mulheres continuam sendo que as mais relatam dificuldades em quitar todas as dívidas em dia, alcançando 30,1%, enquanto os homens atingem 28%.
Fonte: Agência Brasil