O ex-presidente Jair Bolsonaro segue em observação no Hospital DF Star, em Brasília, após ser submetido a uma nova cirurgia na segunda-feira (29). O procedimento visou tratar os soluços persistentes que o têm afligido, com o objetivo de bloquear o nervo frênico esquerdo, responsável pelo controle do diafragma. Um procedimento similar já havia sido realizado no lado direito no sábado (27).
Segundo os médicos que acompanham o ex-presidente, seu quadro clínico é considerado estável. A equipe médica ressaltou a necessidade de um período de, no mínimo, 48 horas para avaliar os resultados da intervenção e monitorar possíveis complicações. Essa avaliação é crucial, independentemente de outros fatores, para determinar os próximos passos do tratamento.
Uma nova endoscopia digestiva alta está prevista para os próximos dias, possivelmente na terça (30) ou quarta-feira (31). Conforme informado pela equipe médica, a expectativa é que, se não houver novas intercorrências, Jair Bolsonaro possa receber alta hospitalar já na quinta-feira, dia 1º. A informação foi divulgada pela equipe médica que acompanha o ex-presidente.
Soluços Intratáveis: Uma Condição Rara
O cardiologista Brasil Caiado explicou que os soluços persistentes ou intratáveis, como os manifestados pelo ex-presidente, são quadros clínicos extremamente raros. Essas crises podem estar associadas a doenças do trato gastrointestinal e problemas na região abdominal, ambas condições presentes no histórico médico de Bolsonaro. O tratamento envolve não apenas os procedimentos cirúrgicos, mas também o controle rigoroso da alimentação e o uso de medicação específica.
Histórico Médico Recente
Além dos desafios com os soluços, Jair Bolsonaro também enfrentou uma crise de pressão alta nos últimos dias, que, segundo os médicos, já foi devidamente controlada. O ex-presidente está internado no Hospital DF Star desde 24 de dezembro, tendo passado por uma cirurgia de hérnia inguinal no dia de Natal. A autorização para deixar a Superintendência da Polícia Federal, onde cumpre pena, foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
