Serão ativadas nesta quinta-feira (04/08) em São Paulo, antenas da faixa principal do 5G, onde o maior mercado de smartphones do Brasil e a quinta capital a receber a tecnologia no país.
Chamado “standalone” (autossuficiente, em inglês) ou SA, a faixa 3,5 GHz é considerada a principal “avenida” para circulação dos dados na nova geração da internet móvel porque comporta o 5G mais “puro”,
É ele que carrega a fama dessa quinta geração da internet móvel, de permitir avanços de tecnologias como a realidade virtual, carros que dirigem sozinhos, cirurgias remotas, além da possibilidade de ligar muitos objetos à internet ao mesmo tempo, de forma massiva e constante.
Mas isso tudo ainda está longe de acontecer, entenda por quê:
de início, a cobertura 5G não será total nas cidades onde ela for ativada: em São Paulo, por exemplo ela será de 25% da área urbana, na previsão do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa (Gaispi). A capital paulista tem 1.378 antenas de 5G instaladas até agora contra 4.592 de 4G;
a conexão “standalone”/SA ainda será secundária no Brasil e lá fora por algum tempo. De acordo com dados da GSMA, que representa operadoras móveis em todo o mundo, 70 países ofereciam internet 5G em janeiro deste ano, mas apenas 16 tinham o tipo SA.
Quem predomina no mundo ainda é o 5G NSA. Ou “non-standalone”. Ele atende a quem espera ganhar mais velocidade na navegação, mas ainda não promove a revolução esperada.
Standalone ou não, o 5G ainda está em seus primeiros momentos. Além de ter cobertura parcial, exige celulares compatíveis e, segundo algumas operadoras, até troca de chip. E o prazo para a conexão estar disponível em todos os municípios brasileiros com mais 30 mil habitantes é só em 2029.
Fonte: G1